Vejamos o fichamento do livro O TEXTO NA SALA DE AULA - Leitura e Produção (pg: 17 a 23)
GERALDI, João Wanderley
AS SETE PRAGAS DO ENSINO DE PORTUGUÊS
Os alunos de nossas universidades, a grande maioria tem acentuadas dificuldades de expressão oral e escrita, pouca ou nenhuma leitura, incapacidade de interpretação de textos, completo desprezo pela linguagem.
O ensino de português tem se mostrado inútil: onze anos de escola e o indivíduo está menos instrumentalizado lingüisticamente que ao entrar na escola.
Alguns males do ensino de português – as sete pragas:
1ª praga: LEITURA NÃO COMPRRENSIVA
Aprimoramento mecânico da leitura. O aluno brasileiro “lê” como uma agulha de vitrola: vai passado pela trilha e produzindo som.
Conseqüência: ao resultado da falta de hábito de leitura compreensiva e crítica é a capacidade dos universitários entender um texto e analisá-lo criticamente.
Conseqüência: ao resultado da falta de hábito de leitura compreensiva e crítica é a capacidade dos universitários entender um texto e analisá-lo criticamente.
2ª praga: TEXTOS “CHATOS”
Conjunto de textos desligados da realidade e da cultura nacionais, afastados dos interesses e das necessidades das crianças e adolescentes que inundam nossas escolas, via livro didático.
Conseqüência: Ninguém toma gosto pela leitura.
Conseqüência: Ninguém toma gosto pela leitura.
3ª praga: REDAÇÕES – TORTURA
Queremos que nossos alunos escrevam, mas não criamos as condições para tal. O processo rotineiro de orientar redações: damos um título ou tema livre e esperamos tranqüilo o fim da aula para recolher o produto. Submeter os alunos a escrever sem ter idéias.
Conseqüência: Os alunos deixam a escola sem saber redigir, sem ter desenvolvida a capacidade de escrever.
Conseqüência: Os alunos deixam a escola sem saber redigir, sem ter desenvolvida a capacidade de escrever.
4ª praga: GRAMÁTICA CONFUSA
O ensino de português tem sido o estudo da teoria gramatical. O conhecimento da teoria não contribui significativamente para o domínio da língua.
Conseqüência: Os alunos não aprendem a teoria, nem a língua.
Conseqüência: Os alunos não aprendem a teoria, nem a língua.
5ª praga CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS INÚTEIS
1º fato: No ensino de português, a seleção do conteúdo tem por base as gramáticas tradicionais.
Problema1: passam a ensinar a codificação da gramatical em lugar de ensinar a língua.
Problema 2: O conteúdo da disciplina está totalmente defasado.
2º fato: A distribuição do conteúdo pelas diversas séries é arbitrária.
Problema 1: Não existe adequação do conteúdo à capacidade dos alunos.
Problema 2: Assuntos que deveriam constar como ponto de referência para uma eventual consulta, passam para os programas escolares para livros didáticos e os alunos são obrigados a retê-los.
Problema 3: Insiste-se no domínio ativo de formas arcaicas.
Conseqüência: Cria-se no indivíduo uma falsa idéia sobre a língua, coisas realmente importantes ficam de fora! Pensa-se que estudar língua é só aprender coisas inúteis, decorre o desprezo pela língua.
6ª praga: ESTRATÉGIAS INADEQUADAS
Dentro do tipo de ensino as estratégias só poderiam ser inadequadas.
a) Correção de textos – apresentar textos cheios de erros para que os alunos corrijam aula do erro, as redações são devolvidas pintadas de vermelho.
b) Ortografia por regras ou por lacunas: O domínio da ortografia é uma habilidade motora, impossível de ser adquirida pela memorização de regras.
c) Estudo através de listas: Obriga-se ao aluno a decorar regras.
Conseqüência: O ensino de português inibe o falante, confunde-o no uso das formas lingüísticas e dá-lhe insegurança no uso da língua.
7ª praga: LITERATURA – BIOGRAFIA
“Ensinar” literatura consiste em coletar dados bibliográficos dos autores e arrolar suas obras. “Literatura é decoreba!” Ensinar literatura sem que os alunos entrem em contado com textos!
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