quarta-feira, 8 de julho de 2009

MOTIVAÇÃO DO BLOG


A motivação deste blog consiste na troca de experiências com os leitores/internautas sobre “A Produção Textual nas Escolas”, como tem sido feita, acertos, desafios e propostas. Pretendo abordar questões relacionadas ao tema, leis, formas, métodos para atingir o objetivo de formar leitores que sejam capazes de interpretar, interagir e produzir textos.
Para formar leitores/produtores é preciso que o ensino de Língua Portuguesa nas escolas esteja voltado para uma prática que desperte o prazer pela leitura e dê condições ao educando de interpretar/ler não apenas livros didáticos ou prepará-lo para um concurso/vestibular, mas torná-lo capacitado para uma leitura/interpretação reflexiva sobre si mesmo, o mundo e a sociedade; promovendo a aquisição do conhecimento, cultura, informação, acesso a toda temática que envolve a questão leitura/ produção textual.
Como educador que aprecia a leitura e a produção textual, vejo como ponto de partida para o processo da formação do leitor que o profissional que desenvolva este trabalho goste de ler também. Como criar um hábito de leitura no educando se o próprio educador não gosta de ler? Como incentivar o outro em algo que não apreciamos? Algo que não temos afinidades/ interesse? É preciso primeiramente que o educador que trabalhe com produção textual goste de ler, de produzir textos! A seguir precisamos refletir sobre a questão da produção textual e leitura em nossas escolas. O porquê do fracasso comprovado em vestibulares e concursos? Por que os alunos chegam à Universidade sem saber ler, interpretar e escrever adequadamente? Como tem sido realizada essa prática nas escolas de um modo geral? São essas e outras questões que pretendo abordar aqui, através de artigos, contribuições de livros especializados sobre o assunto.
O primeiro entrave encontrado na prática em relação à produção textual dos alunos (Ensino Médio) é o fato de que os alunos não saibam produzir um texto escrito. Embora tenham anos de escolaridade, não conseguem discernir a diferença entre um texto escrito e um texto oral, quando utilizá-los adequadamente... O aluno transcreve uma situação da oralidade e entrega rapidamente sem sequer uma revisão e diz que aquela produção é um texto escrito. A partir dessa situação podemos pensar no fato da escrita se distanciar tanto oralidade/coloquial dos alunos que eles se perdem durante a produção de textos. Outro problema desta mesma questão é quando o aluno percebe essa diferença e acredita que não sabe português mesmo sendo um falante nativo, o que contribui para que não queira mais escrever/produzir, desconhece as situações de uso. Se o profissional não estiver consciente da amplitude que envolve a questão da leitura e produção textual pode se sentir desmotivado. O fato dos alunos entregarem um esboço das idéias ou uma transcrição da oralidade como se fosse um texto final parece aborrecedor, entretanto percebe-se que eles não fazem isso aleatoriamente, há fatores em sua formação que desencadearam essa problemática. Quais seriam as causas dos alunos escreverem e interpretarem mal? Podemos perceber alguns fatores essenciais para que isso ocorra:
A maioria dos alunos não tem hábito de leitura
Há um distanciamento entre a língua falada pelo aluno e a escrita padrão
Uma prática pedagógica descontextualizada que não desperta o interesse e o entendimento do aluno.
Fragmentação da produção e leitura (só trabalhadas nas aulas de português)
Prática de produzir textos/redações nas escolas e cursos pré-vestibulares através de fórmulas como se fossem “receitas de bolo”, o aluno acaba desenvolvendo textos mecanizados sem criatividade.
Entre outras.

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